A remoção profilática do terceiro molar inferior vem sendo estudada e discutida há algum tempo.
Dentre as situações que devem ser avaliadas para a correta indicação da extração deste elemento podem-se destacar o risco de lesões cariosas, pericoronite, cistos odontogênicos e apinhamento (FRIEDMAN,2007).
Em um dos casos daqui o paciente de 28 anos de idade, gênero masculino, pugilista profissional, nocauteado em uma luta de boxe em Cruz Alta – Rio Grande do Sul foi atendido em Balneário Camboriú. Devido à dor e trismo, necessitou comparecer a três hospitais diferentes até receber o diagnóstico correto de fratura fechada de ângulo de mandíbula, lado esquerdo, e ser encaminhado para o cirurgião bucomaxilofacial para tratamento eletivo. No tratamento eletivo foi realizado acompanhamento por um período de 90 dias e extração do dente 38.
Vários estudos demonstram um aumento de duas a três vezes o risco de fraturas de ângulo mandibular, quando existe a presença de pelo menos um terceiro molar inferior. (DODSON et al., 1990) Em atletas, essas fraturas orofaciais acabam sendo mais comuns, devido à exposição do mesmo conforme a modalidade esportiva, sendo mais comuns em esportes de contato (ANDREASEN, 2001).
Os traumas nos esportes requerem um estudo mais aprofundado, identificando as causas de maior predominância, os tratamentos mais indicados e meios de proteção. Isto visa diminuir os riscos de afastamento de treinos e competições por um longo tempo, o que acarreta prejuízos financeiros ao clube e ao esportista. (DIAS e COTO, 2014, p.110)
A fratura mandibular é, dentre todas as fraturas dos ossos faciais, a mais comum, principalmente quando o atleta é exposto aos esportes de contato e como um dos métodos de prevenção de fraturas mandibulares, a remoção profilática de terceiros molares é indicada, conforme estudos encontrados na literatura.
Este artigo faz parte da coleção "Meninas da Odt do Esporte - 2019" . #5
Gostou do artigo? Quer sugerir algum tema? Deixe seu comentário!