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  • Fernanda Fernandes

Doping: como é feita o controle de dopagem?

Os episódios de doping são veiculados no mundo inteiro, principalmente quando envolvem atletas de elite. O doping se caracteriza pelo uso de substâncias proibidas com a finalidade de melhorar o desempenho esportivo, originando uma vantagem desleal, desrespeitando aspectos éticos e morais do esporte e saúde dos atletas.


Portanto, é incessante a busca por uma competição justa, limpa, ética e livre de dopagens.

O exame antidoping é composto por diversas etapas, podendo ser detectada por exame de urina ou sangue e controles ‘em competição’ e ‘fora de competição’.


Seleção do atleta:

Se o atleta estiver “em competição”, ele pode ser escolhido para realizar este teste de acordo com sua classificação obtida ou por algum critério mais específico. Imediatamente após o término da sua atividade.


Para os atletas “fora de competição”, pode ser selecionado através de sorteio ou por uma forma dirigida. A coleta pode ser realizada a qualquer momento, sem aviso prévio. É mais específico para anabólicos esteroides, hormônios peptídicos e diuréticos.


Notificação do atleta:

Assim que o atleta for selecionado, será notificado por um Agente de Controle de Dopagem para realizar o teste.


Após a identificação do Agente para o atleta e vice-versa, o mesmo é acompanhado até a estação de controle de dopagem. Ele deve ser acompanhado desde o momento da notificação até o final do processo.


Coleta de amostras:

Na Estação de Controle de Dopagem, o atleta recebe as informações sobre seus direitos e deveres.



Coletas:

Urina

Ao chegar na estação de coleta, o atleta pode ingerir água e isotônicos para auxiliar na produção de urina. Escolhe um copo para coleta da amostra e o mesmo deve conferir se a embalagem está lacrada. Durante a coleta, o atleta é supervisionado pelo DCO/Escolta.


É necessário 90 ml de urina para os exames serem realizados. Caso o atleta forneça menor volume, deve-se fornecer uma nova amostra e juntar com o restante. Após a coleta, o atleta escolhe um kit selado para ser utilizado no transporte da urina ao laboratório, devendo conferir se os frascos estão corretos, limpos, lacrados, com o número de identificação correto.


Caso a amostra estiver muito diluída, será registrado no formulário e o atleta deverá fornecer uma nova amostra.


A coleta é dividida em dois frascos, sendo no ‘A’, no mínimo 60ml e no ‘B’ 30ml de amostra. Logo após é lacrado e enviado para análise.


“O atleta deve permanecer com o controle de sua amostra de urina, ou seja, deve tomar conta do seu copo coletor para ninguém mais tocá-lo, a menos que ele peça”.


Sangue

A coleta de sangue para o exame tem procedimentos parecidos ao da coleta de urina.

Antes da coleta, o atleta deve ficar sentado por pelo menos 10 minutos e a coleta só pode ser realizada após duas horas do término do treino ou competição. Ele deve permanecer sob observação do Agente de Controle até finalizar o processo de coleta das amostras.



Após a identificação, é coletado o sangue da melhor veia do braço ou mão do atleta. É coletado uma quantidade suficiente para realizar os exames necessários, não ultrapassando de 19ml para que o atleta não tenha nenhum efeito colateral.




*A coleta por meio de fluidos orais, apesar de não invasiva e de fácil acesso, não é utilizada, pois possui algumas limitações, como por exemplo, a hipossalivação, baixa estabilidade salivar e a curta janela de detecção para grande parte das substâncias. (SILVA et al., 2018).


Formulário de Controle de Dopagem:


É registrado todos os detalhes da coleta no Formulário de Controle de Dopagem e logo após é solicitado ao atleta que confira todas as informações. O atleta deve informar todas as medicações e suplementos ingeridos nos últimos sete dias.


Após a coleta, as amostras são enviadas aos laboratórios credenciados pela WADA-AMA e seguem para análises. Ao receber o resultado, o atleta pode sofrer punições ou recorrer à Justiça Desportiva.


O atleta pode ter como penalidade máxima ser banido do esporte caso de reincidência.





 

ABCD - Autoridade Brasileira de Controle de Dopagem. Disponível em: <http://www.abcd.gov.br/equipe-tecnica/como-e-feito-o-controle-de-dopagem>.


DE ROSE, E. H. Uso de medicamentos no esporte. Www.Cob.Org.Br, p. 1–57, 2003.


SILVA, R. F. et al. A interface entre odontologia legal e odontologia do esporte TT - The interface between forensic dentistry and sports dentistry. Rev. Bras. Odontol. Leg. RBOL, v. 5, n. 2, p. [69-84], 2018.


 

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