Como o Ramadã influencia na vida do atleta?
As tradições e práticas religiosas nesse ano foram afetadas por conta da pandemia mundial, chamando atenção para o mês sagrado do Ramadã.
Este ritual é de extrema importância para calendário islâmico, já que os muçulmanos passam 30 dias dedicando-se às práticas espirituais, orações e jejum. O evento nesse ano, de acordo com o calendário lunar, ocorre dia 23 de abril até dia 23 de maio.
Por conta da Covid-19, diversas mesquitas estão fechadas e o jejum foi questionado por médicos que aconselharam flexibilizar o ato para tentar manter a imunidade.
No esporte não é diferente. Normalmente, no mês sagrado, os jogadores muçulmanos evitam consumir alimentos e bebidas durante o dia e os treinamentos podem ser alterados de acordo com a necessidade, porque o jejum deve ser respeitado do nascer ao pôr do sol.
Os jogadores durante este período devem ter uma preparação na questão nutricional para que o desempenho e a saúde não sejam alterados. Isso porque o problema maior não é de fato o tempo sem se alimentar, e sim sem beber líquidos.
O atleta, por conta do exercício, tem grandes gastos de eletrólitos e hídrico, desidratando muito rápido, o que pode gerar alterações na concentração e cognição do mesmo, como também aumentar o risco de lesões musculares.
Porém, durante o Ramadã, existem algumas “liberações” autorizadas através do Alcorão. Entre elas: mulheres grávidas, lactantes, crianças, idosos e viajantes. A isenção temporária é baseada através das circunstâncias individuais e devem ser compensadas em outro momento antes do próximo Ramadã.
É fundamental a comissão técnica estar em sintonia com atleta, para que ambos entrem em um consenso do que será melhor para manter o desempenho. Individualizar o treinamento, adequar a dieta e o sono são alguns fatores primordiais que influenciam na performance.