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  • Foto do escritorClara Padilha

Obtenção de modelos impressos a partir de escaneamento para confecção de Protetores Bucais

Atualizado: 4 de jul. de 2020


A inserção de mecanismos digitais em vários procedimentos na Odontologia vem possibilitando maior fidelidade na confecção destes, facilitando a análise e a padronização de muitos processos. Sendo assim, a Odontologia do Esporte não poderia ficar de fora destes avanços.


Há algum tempo que os protetores bucais vem sendo confeccionados sobre modelos impressos e, assim como as moldagens e modelos de gesso para confecção de protetores bucais possuem algumas diretrizes para que fiquem otimizados para as etapas laboratoriais, o escaneamento e o modelo impresso também, e é sobre eles que vamos conversar no artigo de hoje.


O escaneamento digital é realizado por meio do scanner acoplado ao dongle de ativação e pontas para escaneamento, para se obter a imagem do modelo através de uma série de fotografias que captam as informações dentro do seu campo de visão e reproduz no computador o que percebe.


Quanto mais fotografias, mais pesado fica o arquivo final. Geralmente, arquivos para construção do protetores bucais são mais pesados pois exigem o registro do fundo de sulco do paciente, aumentando a necessidade de fotografias dessa região.


O escaneamento é realizado em três etapas, contemplando o arco superior, arco inferior e registro oclusal.


Geralmente, iniciamos o processo de escaneamento pela face oclusal (que possui mais irregularidades) de todo o arco inferior, para que o programa reconheça a existência de um único arco dentário e assim evitar distorções nas próximas etapas. Após esta etapa, iniciamos o escaneamento da face lingual do arco, eliminando a interferência lingual, finalizando com o escaneamento da face vestibular.


No arco superior, novamente, a face oclusal é escaneada primeiro, seguida pela face vestibular, para eliminar a interferência da reprodução dos freios e bridas, posto que são regiões de interesse para os limites superiores do protetor bucal.


É necessário realizar o registro oclusal bilateral do paciente em máxima intercuspidação habitual. O próprio programa encarrega-se de unir os modelos digitais uma vez que reconhecidas as regiões de contato oclusal.


Para finalizar, inspecionam-se, por meio da análise do modelo em aspecto de gesso, falhas menores de escaneamento que o próprio programa se encarrega de completar, não sendo necessária novas capturas de imagens.


O arquivo gerado pode então sair do estágio virtual e passar para o estágio físico da nossa produção. Enviado para uma impressora 3D, utiliza-se o material de escolha para impressão de modelos.


ATENÇÃO: algumas resinas utilizadas neste processo são sensíveis ao calor. Podem derreter ou deformar durante nossas etapas laboratoriais de construção de um protetor bucal. É importante avisar ao laboratório responsável pela impressão qual será a finalidade do modelo, para ajustar o material à esta expectativa.


O modelo impresso a partir de um escaneamento bem feito deve apresentar as características do modelo na imagem abaixo:

Todos os dentes devem ser copiados, bem como fundo de sulco, freio labial e bridas, permitindo o desenho do protetor bucal com toda a sua extensão, sem interrupções.


Modelos como o da imagem abaixo, embora bem escaneados na parte do arco dentário, falham em copiar o fundo de sulco e isso pode comprometer a retenção do futuro protetor bucal confeccionado sobre este modelo.

Tenha o objetivo do seu escaneamento em mente quando for realizar este procedimento. A tecnologia vem para facilitar a nossa vida, e deve ser utilizada com esse intuito. Rapidez, precisão e facilidade que podem ser fornecidas através destas novas aplicações da tecnologia, mas que serão jogadas fora, caso não estejam adequadas às necessidades dos procedimentos posteriores.



Com boas cópias e bons modelos, de gesso ou impressos, as etapas laboratoriais de construção dos protetores se tornam muito mais garantidas e mais tranquilas para o operador. E é isso que queremos, não é? ;)


 

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