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  • Larissa Leci

Avaliação da presença do cortisol na saliva e o Desempenho Esportivo


O Cortisol é desencadeado em nosso organismo quando sofremos situações de alarme ou tensão. O corpo do atleta, como de qualquer pessoa, se prepara para uma situação de perigo através da liberação de cortisol, mas o problema ocorre quando esses níveis permanecem elevados ao longo de um período de tempo.

A pressão do público, a importância de competições, busca por um troféu e cobrança de patrocinadores, aumentam o nível de cortisol, o que o faz cometer erros.

Existem duas formas de se analisar hormônios, dentre essas formas existem dois meios: Os não invasivos e os invasivos. Quando falamos de atletas, devemos sempre escolher métodos não invasivos, para evitar/diminuir complicações e desconfortos.

Entre os métodos não invasivos, temos: o uso da urina, do cabelo e da saliva. Que variam de acordo com o tempo do resultado das análises, a urina em semanas, cabelo em meses e saliva em minutos ou horas.

A vantagem de utilizar um método não invasivo é que a periodicidade do teste pode ser reduzida, já que é inviável fazer coletas sanguíneas e de urina na mesma frequência do que as coletas salivares. Isso beneficia o acompanhamento do metabolismo do atleta, além de não necessitar de pessoas altamente especializadas para realizar este procedimento.

No dia a dia do atleta, a saliva – assim como o sangue – é apontada como uma fonte potencial de biomarcadores de desempenho da atividade física. Sendo ela um fluido que contém proteínas, ácidos, peptídeos e outros marcadores fisiológicos importantes no diagnóstico de problemas ou níveis hormonais sistêmicos.


Nesse contexto, a saliva é um fluido biológico que apresenta algumas vantagens distintas: é um meio não invasivo, não apresenta grandes riscos durante a coleta permitindo um gerenciamento mais seguro, fácil de descartar, fácil de se transportar, possui um baixo custo e é considerado o método preferido dos atletas, principalmente, pela natureza menos invasiva que a coleta de sangue venoso.

Graças às últimas tecnologias de análise de cortisol através da saliva, conhecido como hormônio do estresse, é possível analisar, a nível molecular,a performance de competitiva de um atleta.

A circulação de níveis de cortisol reflete quantitativamente o estresse, oferecendo a oportunidade de intervenções direcionadas, personalizaras para influenciar favoravelmente o desempenho e a recuperação dos atletas.

Através dessa análise, é possível prever, suficientemente cedo, os efeitos negativos de resultados, o que ajuda a comissão técnica a reestruturar as rotinas de treinamento, modificar a política de rotação e recuperar rapidamente animo dos seus atletas, minimizando o impacto do estresse na tabela de resultados.

Assim, ao constatar a presença de um alto nível desse hormônio, a equipe técnica será capaz de fazer um trabalho preventivo.

De forma que, a equipe médica, os treinadores, pesquisadores da área esportiva e dentistas do esportes (achou que iríamos ficar de fora?) Possam trabalhar em conjunto, com o objetivo de maximizar o desempenho dos atletas e limitar os casos de sobre-treinamento e lesões.

Embora existam estudos que a utilizam para o monitoramento de atletas em situações de exercício e doping, ainda é necessário padronizar algumas variáveis pré-analíticas, como a escolha correta do melhor sistema de coleta, que permite quantificar facilmente o volume, com boa recuperação de amostra; os horários de coleta bem definidos, de acordo com as possíveis variações; e a contaminação da saliva com sangue proveniente de lesões da mucosa oral, que tem de ser evitada.

Cabe ressaltar também, que apesar do grande avanço da medicina esportiva e o uso da saliva no esporte ser uma realidade, muitos estudos ainda são necessários.

 

Referências

Carré J, Muir C, Belanger J, Putnam SK. Pre-competition hormonal and psychological levels

of elite hockey players: relationship to the “home advantage”. Physiol Behav 2006;89:392–8.

Casto KV, Edwards DA (2016) Pre-competition hormonal and psychological levels of elite

hockey players: relationship to the “home advantage. Horm Behav: 82: 21–37.


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