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  • Clara Padilha

Art comentado*: Prevalence of temporomandibular disorders in rugby players.


Muito legal comentar artigos nacionais, pois sabemos que a força científica no Brasil e na Odontologia é gigantesca. A felicidade é dobrada quando o artigo em questão é produção de professores meus e amigos! O interesse cada vez maior pelo esporte e suas correlações com a Odontologia é positivo, gera avanços e benefícios para a classe e para os atletas, é claro ;)

A pesquisa foi realizada no rugby por entender que este esporte apresenta elevada prevalência de traumatismo orofacial e precisa ser melhor estudado pelos dentistas do esporte.

O trauma está associado ao desenvolvimento de desordens temporomandibulares. Nem sempre o trauma derivado do esporte é aparente naquele instante pois não necessariamente gera uma fratura. Porém, gera energia deformante suficiente para impactar os tecidos moles e também articulações, que podem responder a esta agressão.

Este artigo buscou avaliar a prevalência de DTM em atletas do rugby. Utilizando um instrumento de pesquisa validado: Research Diagnostic Criteria for Temporomandibular Disorders, pois, embora rugby tenha sido associado com elevada frequência de traumatismo, pouca atenção tem sido dada para os distúrbios articulares que este traumatismo pode gerar.

O artigo comentado de hoje avaliou 30 atletas do rugby (homens e mulheres) e comparou com 28 indivíduos não atletas. Dos atletas de rugby todos reportavam jogar por, no mínimo, 6 horas.

O grupo de atletas apresentou elevada prevalência de DTM (53%), sendo a principal delas dor nos músculos da face. Dos sintomas relatados pelos jogadores os principais foram: click articular e apertamento (33%).

A DTM frequentemente resulta em limitações físicas e um declínio na qualidade de vida de um indivíduo, uma situação que é incompatível com a rotina diária de um atleta de alto desempenho. Se um jogador estiver sentindo dor devido a DTM, seu desempenho atlético provavelmente diminuirá. Os resultados deste estudo sugerem que campanhas educativas e medidas preventivas devem ser desenvolvidas e implementadas para reduzir a prevalência de DTMs entre jogadores de rúgbi e nós, dentistas do esporte, podemos auxiliar neste objetivo.

 

beijos!

Clara Padilha


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